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Gravidez sem álcool

O consumo de álcool durante a gestação pode levar a alterações irreversíveis no feto em desenvolvimento. Alguns desses efeitos são notados já no nascimento, enquanto outros podem passar a despercebidos até a idade escolar. Não há quantidade segura de álcool em qualquer momento da gravidez. A substância chega ao bebê por meio da placenta e do cordão umbilical e, como o fígado do feto não é capaz de metabolizar o álcool, pode haver danos à estrutura ou ao funcionamento de vários órgãos, principalmente do cérebro.

As alterações vão das mais sutis até malformações graves. Também há maior chance de o bebê nascer prematuro e de morrer ainda no útero, ao nascer ou nos primeiros meses de vida.

O espectro de desordens fetais alcoólicas é um termo amplo que inclui anormalidades físicas, mentais, comportamentais e/ ou de aprendizado que podem durar por toda a vida, ocasionada pela exposição do feto ao álcool. A síndrome alcoólica fetal é a condição mais grave dentro do espectro de desordens fetais alcoólicas, na qual a criança apresenta ganho de peso e crescimento deficientes e alterações faciais características, como o lábio superior muito fino e reto, a parte entre o nariz e o lábio superior lisa e a largura do olho pequena. Pode também haver malformações cardíacas, ósseas, renais, além de, principalmente, danos no cérebro. Estes podem ser estruturais, como a microcefalia, ou funcionais, como o baixo desempenho intelectual e os problemas de memória, discernimento, julgamento, déficits na linguagem, hiperatividade a falta de atenção.

Os adolescentes e adultos que foram expostos ao álcool dentro do útero apresentam mais chance de ter distúrbio relacionados à interação social, à ansiedade, à depressão, ao uso de substancias viciantes e ao suicídio.

Apesar de não haver cura para os efeitos do álcool durante a gestação, o tratamento com apoio educacional, psicológico e, muitas vezes, medicamentoso alivia os sintomas e minimiza os danos causados.

O melhor caminho ainda é a prevenção e a conscientização de que a gestação deve ser livre de álcool. Como nem todas as gestações são planejadas e muitas delas descoberta várias semanas depois da concepção, as mulheres que estão tentando engravidar devem se abster do álcool. Se houver dificuldade para parar de beber, procure ajuda. Gravidez e álcool não combinam.

Fonte: Vida e Saúde